Em evento, ministra Cármen Lúcia ressalta ação contínua de combate à violência contra as mulheres

Presidente do TSE fez pronunciamento em sessão solene da Câmara dos Deputados pelo fim da violência contra as mulheres, ocorrida nesta quarta (27)

Presidente do TSE fez pronunciamento em sessão solene da Câmara dos Deputados pelo fim da violên...

“Quando a gente fala no princípio da igualdade, eu hoje falo que a Constituição brasileira estabeleceu outro princípio em obrigação para nós todas, pessoas brasileiras, não da igualdade que é estática, mas da igualação, a ação pela igualdade permanente. Essa ação gerou o que nós estamos vendo, principalmente nos últimos anos. Não somos mais alguns movimentos de mulheres, somos nós, mulheres, em movimento permanente por pães e paz.”

A declaração foi feita pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, ao participar, nesta quarta-feira (27), da sessão solene em alusão à Campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A cerimônia ocorreu no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, no início da tarde.

No pronunciamento que fez na sessão solene, a presidente do TSE destacou que, nesta semana, na qual se luta contra todas as formas de discriminação contra as mulheres, todas as juízas e todos os juízes brasileiros, em todos os lugares deste país, dão preferência e prioridade ao julgamento dos casos nos quais se tem violência doméstica, seja contra as mulheres, seja contra as crianças nessas famílias. “Uma criança que vê a mãe sendo assassinada ou violentada pelo pai levará para sempre uma marca na sua vida. É uma vida que, de alguma forma, se constrange, se limita pelo que vive dentro de casa. Isto não é uma sociedade civilizada, para dizer o mínimo”, disse a ministra.

Além disso, a magistrada informou que dados do TSE das últimas eleições indicam atentados maiores contra as mulheres, dificuldades e impossibilidade de acessar os recursos eleitorais, ainda que legalmente e jurisprudencialmente estes estejam garantidos a elas, para que tenham as mesmas condições de disputa pelos espaços públicos e até particulares, em igualdade de condições com os homens.

“Estamos liberando todos os dados de estatísticas no próximo dia 9, tornando pública a avaliação das eleições e fazendo com que a gente tenha instrumentos para transformar e – eu não vou dizer dar um passo contra a violência – construir essa sociedade livre, justa e solidária”, comentou a ministra, anunciando, para o próximo dia 10 – Dia Internacional dos Direitos Humanos –, um encontro no Tribunal Superior Eleitoral chamado “Direitos: Humanas”.

A presidente do TSE afirmou que os direitos fundamentais são de todas as pessoas. “Se não houver mulheres e homens que convivam pacificamente, nós não seremos legatários, nós não deixaremos a herança para os que vierem depois e não daremos a certeza de que nós lutamos para que houvesse uma sociedade mais justa para todas as pessoas”, disse a magistrada.

Ao finalizar a sua participação na sessão solene, a ministra Cármen Lúcia citou o poema “Mulher ao Espelho”, de Cecília Meirelles, para dizer que as mulheres têm o direito de ser o que quiserem ser: “Já fui loira, já fui morena. Já fui Margarida e Beatriz. Já fui Maria e Madalena. Só não pude ser como quis”. 

Mesa do evento

Além da presidente do TSE, a mesa da cerimônia foi composta da coordenadora dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada Benedita Silva (PT-RJ); da deputada Soraya Santos (PL-RJ), procuradora da Mulher; da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), coordenadora-adjunta da bancada feminina e principal requerente da sessão solene; da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves; da procuradora da República, Raquel Branquinho; e da representante Interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino. Elas falaram na sessão solene.

A campanha

A campanha anual 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é realizada com o apoio da ONU Mulheres e de entidades da sociedade civil. Tradicionalmente, é conhecida como 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – de 25 de novembro a 10 de dezembro –, no entanto, no Brasil, a campanha tem início no dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, pela interseccionalidade entre raça e gênero.

AN, RL/EM, DB

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