TRE-MT amplia capacitação em linguagem simples
O objetivo é fazer uso da linguagem simples em comunicações jurídicas e administrativas para ampliar a compreensão e acessibilidade
Servidores da área administrativa da Justiça Eleitoral de Mato Grosso receberam uma capacitação em linguagem simples nesta segunda-feira (02.12). A oficina foi ministrada por duas servidoras do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) por meio do laboratório de inovação, o InovajusMT. A capacitação terá continuidade nesta quarta-feira (04.12).
“A gente aprendeu que a linguagem simples deve se voltar para nosso público externo, para quem deve ser o receptor da comunicação. Então, a gente tem que ter empatia, acessibilidade, evitar o uso de estrangeirismos, as siglas devem ser explicadas, evitar o uso de jargões, termos técnicos, frases em latim, porque o objetivo principal da Justiça Eleitoral é servir o cidadão. Então se o nosso cidadão não entende o que está sendo dito por nós, a nossa função, a nossa missão, ela simplesmente deixa de existir”, explicou o analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Gabriel Soares do Santos, que participou da oficina.
Esta é a segunda etapa de formação, já que a primeira foi realizada com servidores da área administrativa em novembro. Na ocasião, foi feita uma carta de convocação aos mesários em linguagem simples, já na turma jurídica será produzida uma decisão em linguagem simples. As aulas estão sendo ministradas pelas servidoras Josiane Regina Dalmagro, jornalista e assessora de projetos de inovação no laboratório, e por Janaína dos Santos Taques, técnica judiciária, gestora administrativa de projetos de inovação e graduada em Letras. Ambas do TMJT, coordenaram os 24 participantes desta segunda fase.
“A maior dificuldade é na hora de pôr em prática aquilo que eles escutaram, porque eles percebem o que não é tão simples escrever em linguagem simples, exige bastante trabalho mental, exige desprendimento, sair do seu lugar, da sua zona de conforto, e principalmente a empatia, de olhar e falar assim ‘peraí, mas será que alguém vai entender isso? Não, essa palavra aqui é muito comum pra mim, mas não vai ser comum pra outros’, então é realmente essa parte da prática”, explicou a assessora, Josiane Regina Dalmagro.
Encabeçada pelo AgoraQuando!? Lab, laboratório de inovação do TRE-MT, a capacitação atende à Recomendação nº 144/2023 e o Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Texto por: Maryelle Campos (Supervisão Daniel Dino)
#DescriçãodaImagem: A fotografia mostra as duas ministrantes da oficina que são duas mulheres brancas e loiras. Ambas auxiliam uma das servidoras que está sentada. Ao lado é possível ver outros servidores escrevendo.