Usina solar do TRE-MT é destaque no 75º Coptrel
Historicamente, o custo da energia fornecida pelas companhias elétricas é reajustado acima da inflação.
A usina fotovoltaica em construção pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) foi considerada como modelo para o restante do país durante 75º Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, realizado de 28 a 30 de março no município de Poconé, Mato Grosso. Com previsão de ser concluída no mês de junho deste ano, a usina terá capacidade instalada de 1,1 megawatt por meio 3760 painéis solares.
A apresentação do projeto foi feita pelo engenheiro e secretário de Administração e Orçamento do TRE-MT, Rafael Zornitta. “O investimento total está sendo de R$ 5,3 milhões, sendo que teremos uma economia em energia elétrica de R$ 1,2 milhão ano, ou seja, 5% de nosso orçamento de custeio. Além de ser uma ótima solução ambiental, em sintonia com os acordos internacionais de redução do efeito estufa, é uma decisão saudável para a gestão dos recursos públicos”, destacou Zornitta.
A usina de Mato Grosso utilizou a experiência já desenvolvida nos Estados de Paraná e Amapá, além do Tribunal de Contas da União. O engenheiro destacou que a produção de energia solar está madura tecnologicamente. “A placa fotovoltaica iniciou no mercado custando cerca de U$ 76. Hoje encontramos o produto na casa dos U$ 0,30. Neste sentido, acreditamos que não deve ter variação de custos nos próximos anos, sendo um bom momento para investir na tecnologia”.
Historicamente, o custo da energia fornecida pelas companhias elétricas é reajustado acima da inflação. Logo, com a lei do teto de gastos que obriga os órgãos públicos a não terem seus gastos aumentados de um ano para o outro, o gasto com energia ao longo do tempo vai consumir recursos de outras áreas. “O orçamento do TRE-MT está congelado. Se em 2019, 20 e em anos sequentes, a conta de energia crescer acima da inflação, teríamos que buscar este excesso de outra área para cobrir o gasto. A usina vai nos proteger”.
Nos dados apresentados, o Brasil está muito atrasado em relação ao resto dos países no ranking da produção energética solar, não estando nem entre os dez primeiros colocados. O ranking é liderado pela China, e seguido dos EUA. Em pesquisa do Ibope, 89% dos brasileiros afirmaram que querem gerar energia solar, porém, atualmente apenas 0,2% da população utiliza a tecnologia. “Estimativas mostram que estamos cerca de 15 anos em atraso neste segmento. No Brasil a produção solar não chega a 1% na energia consumida no país”.
A mini usina fotovoltaica será instalada na sede do Tribunal e Casa da Democracia. Atualmente 35% do projeto já foi executado. Outras oito micro usinas serão montadas nos cartórios eleitorais do Interior. Todo o projeto está disponível no link:
http://www.tre-mt.jus.br/transparencia/energia-solar/apresentacao
Matéria Daniel Dino
Assessoria TRE-MT