O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso recebeu nesta terça-feira (23/05) a visita de 140 acadêmicos do curso de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic), da Beira Rio e Pantanal. Os estudantes assistiram à sessão plenária e após, conheceram o depósito de urnas eletrônicas e o Memorial da Justiça Eleitoral. A visita guiada foi organizada pela Escola Judiciária Eleitoral.

 

O presidente do TRE, desembargador Márcio Vidal, fez um apelo aos estudantes. "Vocês têm na grade curricular a disciplina Direito Eleitoral, cuja jurisdição recentemente despertou o interesse das faculdades e profissionais. É uma área promissora para a advocacia, principalmente, neste cenário adverso para todos. O aluno de Direito tem que se interessar pela política, pois uma das fontes do Direito é o parlamento. Posso não gostar da politicagem, mas da política em si, todos devem se interessar e estudar. Só com o conhecimento iremos nos libertar da escuridão e das amarras da ignorância. O desinteresse permite que pessoas sem ética e bons propósitos assumam espaço e venham a nos comandar. Chegou a hora de darmos um basta de sermos cobaias desse laboratório de maus propósitos".

 

O desembargador também relatou aos acadêmicos os trabalhos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral e a composição do Pleno. "É uma satisfação recebê-los no Plenário desta Justiça Especializada, que nasceu em 1932 e é composta por dois desembargadores, dois juízes estaduais, um federal e dois advogados. Muitos pensam que esta Justiça só tem atividades no período eleitoral, ou seja, a cada dois anos. Isso é um ledo engano. Para chegarmos até a eleição há um longo caminho a ser percorrido. Os servidores e magistrados trabalham quase os 365 dias do ano, com suspensão dos julgamentos apenas no recesso forense".

 

O corregedor regional eleitoral, Pedro Sakamoto, discorreu sobre algumas competências da Corregedoria Regional Eleitoral. "É nossa incumbência acompanhar os trabalhos das zonas eleitorais, bem como dos juízes que nelas atuam. Cabe a nós remanejarmos zonas eleitorais quando necessário. Temos muito serviço na parte administrativa e também judicial. É um trabalho volumoso e de bastante responsabilidade. Estamos nos preocupando de antemão com as reformas políticas que poderão atingir as Eleições de 2018".

 

O diretor da Escola Judiciária Eleitoral e juiz membro, Paulo Cézar Alves Sodré, contou aos acadêmicos um pouco sobre os trabalhos desenvolvidos pela Escola, a qual sempre estará de portas abertas para receber os alunos e professores. "Antes da corrupção, o que nós precisamos mudar neste País é a questão da cultura, da ética. E o professor precisa ser  valorizado, pois não só transmite o conhecimento, mas mostra o norte a ser seguido. Se não valorizamos nossos professores, nossa sociedade irá cada vez mais se degradar. A Escola está sempre aberta a todos alunos e professores".

 

O professor e advogado Hélio Udson Oliveira Ramos acompanhou os acadêmicos durante a sessão plenária e após, no percurso da visita guiada. "A visita ao Tribunal traz aos acadêmicos uma experiência essencial que colabora na construção da vida profissional, pois permite uma integração do mundo acadêmico (teoria) com a prática profissional. Trazendo para ver a sessão plenária eles podem participar e ver como funciona o trabalho não só do advogado, mas dos juízes, membros do Ministério Público e até dos funcionários da Justiça Eleitoral".

 

Amanhã (24/05) o TRE receberá a visita de outros 150 acadêmicos do curso de direito da Unic, período noturno.

Jornalista: Andréa Martins Oliveira