Justiça Eleitoral de Mato Grosso inaugura maior usina fotovoltaica pública do Estado; por ano, medida reduz gasto em 1,2 milhão e salva 82,5 hectares de árvores
O gasto anual da Instituição com energia elétrica passará de R$ 1,6 milhões para R$ 400 mil, o que corresponde a uma redução de despesa em 75%.
Diante do congelamento de gastos públicos e a necessidade latente de adotar medidas sustentáveis, a Justiça Eleitoral de Mato Grosso investiu na utilização de energia solar. Desde o dia 14 deste mês, está em pleno funcionamento, o maior sistema de usina fotovoltaica pública do Estado, sendo uma miniusina instalada nas dependências da Sede do Tribunal e outras 8 microusinas montadas em zonas eleitorais situadas no interior mato-grossense. O gasto anual da Instituição com energia elétrica passará de R$ 1,6 milhões para R$ 400 mil, o que corresponde a uma redução de despesa em 75%.
Até o mês de fevereiro, o TRE desembolsava mensalmente cerca de R$ 135 mil com energia elétrica. Com a produção das usinas, a despesa mensal foi calculada em aproximadamente R$ 33 mil, na qual está incluso o percentual não contemplado pela produção própria e impostos (taxa de iluminação pública, dentre outros).
A adoção de energia solar não reflete, apenas, na redução de gastos públicos, mas também na preservação do meio ambiente. Todos os sistemas de usinas adotados pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso resultarão no ganho anual de 924 créditos de carbono, o salvamento de 82,5 hectares de árvores, além da não emissão de gases poluentes e nocivos a atmosfera, como o dióxido de carbono, óxido de nitrogênio e dióxido de enxofre.
Inauguração
Apesar de terem iniciado a produção no dia 14 de fevereiro, a cerimônia de inauguração das usinas aconteceu nesta quinta-feira (05/03). Presente na solenidade, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Gilberto Giraldelli ressaltou os benefícios oriundos da adoção da energia solar.
“Esse empreendimento dará um retorno, não só do ponto de vista econômico e orçamentário, mas ambiental. Quando assumi a presidência do TRE, destaquei para todos os servidores e demais colaboradores a importância de fazermos mais com menos, de sermos criativos e de buscar mecanismos para reduzir custos. Temos que partir para inovações e é fantástico quando se consegue aliar a redução de custos, com a preservação do meio ambiente. Esse é o caminho que tem que ser trilhado pelos órgãos públicos e pela iniciativa privada, os quais devem fazer uso de energias renováveis, limpas e baratas. Nosso Estado tem um grande potencial para produção dessa fonte de energia e isso não pode ser ignorado”.
Para a instalação da fotovoltaica no TRE-MT, foram investidos R$ 5,3 milhões. “Vamos recuperar esse investimento em no máximo 5 anos. Esse prazo pode ser bem menor se considerarmos a inflação anual aplicada as tarifas energéticas, que geralmente são maiores do que a inflação convencional aplicada aos consumidores. A vida útil de uma usina é de 25 anos, ou seja, teremos 20 anos, em que deixaremos de gastar com energia elétrica cerca de R$ 24 milhões. Esse recurso poderá custear outras necessidades da Justiça Eleitoral de Mato Grosso”, ressaltou o diretor geral do TRE, Mauro Sergio Diogo.
O sistema de minigeração de energia solar instalado na Sede do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso possui 3.226 painéis solares, capacidade mensal de 130 Mega watts/hora, 9 inversores de 100 kW e 104 carports solar.
Os sistemas de microusinas foram instaladas no interior do Estado, especificamente nos municípios de Alta Floresta, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Chapada dos Guimarães, Rondonópolis, Barra do Garças, Alta Araguaia e São Félix do Araguaia. Em cada zona eleitoral a redução de gasto será em torno de 5 mil reais, que juntas, chega a 480 mil por ano.
Jornalista: Andréa Martins Oliveira